domingo, 12 de janeiro de 2014

Imperius Rex, Dei Est - 7.


“IMPERIUS REX, DEI EST”.
Autor: Marcos De Chiara - Direitos Reservados.
Fanfiction de Jornada nas Estrelas.
Star Trek criação de Wesley E. Rondenberry.

Capítulo VII.

- Tenente Akwe, abra os canais de comunicação.

- Sim, senhor.

Toda a diplomacia e noções de estratégia aprendida em longos anos de Frota Estelar teriam que ser úteis neste momento. Ser instrutor na Academeia era uma coisa muito diferente do que enfrentar situações inusitadas no espaço profundo. Nem todos os programas do Kobaishi-Maru poderiam prever um conflito como aquele. Os piratas elasianos eram também famosos pela sua vaidade e este seria o calcanhar de Aquiles que Goldman queria atingir.

“Capitão Tibor, aqui é o capitão Goldman. Estavamos em uma missão de pesquisa e temos uma equipe no planeta. Preciso de mais tempo para trazê-los à bordo.”

Fez-se silêncio na ponte. O alferes Akwe não recebia nenhuma resposta. Restavam menos de vinte segundos do prazo estipulado pelo pirata. Parecia que uma batalha espacial seria a única saída para a situação.

De repente uma luz piscou no painel de comunicações. O alferes fez sinal de positivo e o capitão pediu que a tela principal fosse acionada.

“Aqui é Tibor. Vejo que se rendeu aos meus termos. A Federação prefere evitar uma batalha e nós ficamos tristes com isso. Principlamnete porque a sucata de uma nave da Frota Estelar valeria uma fortuna no mercado negro. Mas compreendo a sua posição. Encare isso como uma cortesia de capitão para capitão. Tem mais dois minutos para usar seus transportadores. Depois disso não poderei segurar mais os meus homens. Afinal de contas temos uma reputação a zelar, compreende?”

“Perfeitamente. Ficamos gratos com sua... generosidade. Goldman desliga”.

A tela se apagou e Goldman tocou no intercom do braço de sua cadeira para saber do progresso de seu plano.

“Comandante, como estão indo?”

“Estaremos prontos para lançar a sonda em três minutos”.- responde Bergman do deck da engenharia.

“Faça em menos de dois”.

Jamal arregala os olhos e balança a cabeça negativamente para o comandante. Este tenta se desculpar com seu capitão.

“Mas, capitão... Nós não poderemos calcular a órbita precisamente.”

“Em três minutos nós não estaremos aqui para nos preocupar com órbitas precisas”.

Jamal ergue a cabeça esperando que uma oração `a Alá os salve.

“Entendido, senhor.” - Bergman começa a trabalhar mais depressa e esperando não cometer nenhum erro que possa se tornar fatal para todos.

A contagem regressiva continuava. O comodoro agora expressava uma grande preocupação. Se a artimanha de Goldman não desse certo toda a missão estaria perdida. Sua aponsentadoria definitiva acabaria por ocorrer, é claro que não da forma como havia pensado, com honrarias, medalhas e alguns créditos a mais em sua pensão. Isto sem falar das vidas de 131 pessoas à bordo que seriam abreviadas sem antes terem vivenciado tudo o que o universo podia oferecer-lhes. Eles eram jovens demais e não mereciam um fim como aquele. Em meio às suas lamentações a voz do tenete Jamal foi ouvida no intercom.

“Estamos prontos, capitão.”

Goldman fez sinal para o alferes Akwe e o bloqueio dos sensores dos piratas foi iniciado. A sonda foi lançada pela popa para o lado oculto do planeta. O capitão levantou-se e olhou o cronômetro no painel de navegação. Tinham menos de trinta segundos.

A sonda se posicionou e começa a emitir as transmissões em Klingonês.

Menos vinte e cinco.

O bloqueio é encerrado. O próximo movimento era dos piratas.

Menos vinte.

As naves começam a se mover. A princípio parecem assumir posição de ataque.

Menos quinze.

Goldman pede que o alferes Benson fique preparado para apertar o botão dos phasers.

Menos dez.

As naves elasianas passam pela Aries à toda velocidade indo para algum ponto desconhecido na galáxia.

Menos cinco segundos e a contagem é interrompida. Todos na ponte começam a respirar normalmente. Menos o alferes Shres que ficou todo o tempo sereno. Os andorianos eram um povo guerreiro e a morte não os assustava.

Goldman volta a se sentar na cadeira e é cumprimentado pelo comodoro.

- Se eu perdesse minha pensão iria assombrá-lo por toda eternidade.

- Então somos homens de sorte.

Instantes depois o comandante e o oficial de ciências saem do turbo elevador ainda sem saberem o que acontecia.

- E então? - pergunta Bergman.

- Parece que engoliram a isca. - responde Goldman.

O andoriano estava intrigado com a facilidade com que as naves piratas fugiram e não se conteve em fazer uma pergunta para o capitão.

“Senhor, se me permite perguntar. O que dizia a transmissão da sonda?”

“Se me permite, capitão...” - o tenente Jamal se adianta.

“Vá em frente”.

“Bom, simulamos a transmissão de um cruzador Klingon que dizia algo como: ‘Ora, Ora. Que belos alvos temos ali para nossos artilheiros praticarem’.”

Todos começam a rir. Principalmente da interpretação do tenente. Mas o andoriano fica sem entender o humor dos humanos e seu companheiro, o piloto Benson, tenta explicar a situação sem muito sucesso. O alferes Shres começava aprender que sua estadia naquela nave iria ser muito instrutiva. Ele só não sabia como.

“Bom, senhores, temos uma missão a cumprir. Tenente Jamal nos acompanhe - Goldman aperta o intercom - Tenente Tagushi assuma a ponte.” A missão estava novamente em andamento.

Texto por: Marcos De Chiara.

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