segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Imperius Rex, Dei Est - 15.


“IMPERIUS REX, DEI EST”.
Autor: Marcos De Chiara - Direitos Reservados.
Fanfiction de Jornada nas Estrelas.
Star Trek criação de Wesley E. Rondenberry.

Capítulo XV.

“Vamos andando.” - disse o guarda empurrando o comandante Bergman e o tenente Marino pelos corredores da prisão.

A cela foi aberta e foram jogados para dentro onde já havia outras cincos pessoas.

“Ei, já estamos com superlotação aqui.” - reclama um dos presos

“Desculpe, senhor. Se não fosse tão egoísta com a minha pesquisa...”

“Agora não adianta se desculpar. Temos que arranjar um meio de sair daqui. Eles ficaram com nossas sacolas e quando virem o que tem dentro é que realmente estaremos encrencados.”

“Olha só, os menininhos estão preocupados. Vai ver a mamãe não sabe que os filhinhos foram em cana!” - um homem barbudo e com um cheiro não muito agradável dá um tapa nas costas de Bergman. Esste tenta se controlar.

“Ih, olha só. Ele não ficou com medo não! Ele é valentão! Será que vai me bater? Ui, estou com medo.”- continua a provocar o barbudo.

“Comandante eu...”- o tenente Marino tenta esboçar alguma reação.

“Não se deixe provocar. É isto que ele quer. Ignore-o.”- ordena o comandante mas seu colega de cela implicante não lhe deixa em paz.

“Ei ! Eu não gosto que cochichem na minha frente. Ô, grandão, - dá outro tapa nas costas do comandante - estou falando com você!”

Bergman se vira e encara o barbudo. Este se sente intimidado por uns instantes, mas sentiu-se confiante ao ser estimulado pelos outros companheiros de cela.

“Qual é, grão-fino? Vai encarar?”

“Meu senhor, não estou querendo confusão. Já estou com problemas demais para me preocupar e agradeceria se não nos importunasse.” - dito isto Bergman dá-lhe as costas.

Marino vibra com as palavras de seu superior, mas ele tinha muito que aprender sobre o comportamento daquele povo.

“Ele está com problemas, ouviram isso? Ora, eu acho que você acabou de arrumar mais um!”- o barbudo se lança na direção de Bergman que sai da frente no momento exato, fazendo com que o homem bata com a cabeça nas grades.

Todos no corredor estavam agora gritando: “Briga!Briga!Briga!Briga!”

Marino tenta se proteger. O barbudo, ainda um pouco tonto, se volta para Bergman e, furioso, se lança num novo ataque.

Bergman deixa ele passar novamente por ele e na passagem dá-lhe uma cotovelada nas costas. O barbudo ao se virar recebe um golpe com a base do punho da mão direita no nariz e um chute nas costelas com a perna esquerda. Com a falta de ar e o nariz entupido de sangue, o barbudo implicante se curva e, então, recebe o golpe final: uma cotovelada na base do crânio que o põe a nocaute.

Os outros quatro homens que torciam pelo barbudo se amontoaram no fundo da cela com medo de serem os próximos.

Os guardas chegam um pouco atrazados para impedir a luta e observam o homem caído no chão da cela de cara numa poça de sangue que se formava.

“Acho melhor vocês o levarem para uma enfermaria ou ele vai se afogar no próprio sangue.” - tenta explicar Bergman a gravidade nos ferimentos de seu oponente.

Dois guardas ficam de fora apontando as metralhadoras enquanto um terceiro entra na cela para retirar o preso ferido. O comandante e o tenente se afastam com as mãos sobre a cabeça.

Após levarem o barbudo ninguém na cela mexeu mais com os dois.

“Isso foi ignorar?”- pergunta o tenente Marino ironicamente.

Bergman não responde, mas se sentia mais aliviado ao estravasar sua raiva por estar atrapalhando a missão. Cedo ou tarde o capitão ou o comodoro teria que se comprometer em resgatá-los e tal pensamento não o agradava.

O tenente Jamal, utilizando o tricorder, sondou a área e verificou quantas pessoas havia no prédio da rede de tv bem como quais as melhores rotas de fuga que poderiam utilizar.

O comodoro sabia que a única maneira pacífica de entrarem era de se passarem por repórteres. Ficaram observando a rotina da portaria e viram que as pessoas que entravam portavam uma espécie de distintivo.

Quando um repórter se dirigiu até o estacionamento e o tenente Yuchenko, oficial de segurança, o nocateia sem ser visto e rouba-lhe o distintivo de repórter.

“Nós já temos um meio de entrar. Você dirá que estará levando o senador Homero, que sou eu, e seu assistente, que será Jamal, para uma entrevista no estúdio para um debate sobre a lei marcial.”

“Sim, senhor.” - confirma o alferes a compreensão do plano.

Os três se dirigem para a entrada e logo são barrados por dois seguranças. Yuchenko mostra o distintivo e eles deixam passar, mas na vez de seus colegas estes não tem a mesma sorte.

“Ah, este é o senador Homero e seu assistente o senhor... - Yuchenko hesita.

“Vesúvius.” - improvisa Jamal.

“Isto mesmo. Estou levando-os para uma gravação. Uma entrevista sobre a lei marcial para o telejornal da noite.”

“Vão para qual estúdio?”

E agora? O tenente pensa rápido numa nova fala de um roteiro não escrito e não decorado.

“Qual está vazio no momento?”

“O oito. O cinco está em obras. Estão trocando o cenário. O seis e sete estão ocupados neste momento com a gravação de uma ópera e do um ao cinco estão reservados para os jogos.”- informa com toda a cortesia o segurança.

“Oito? Ok, já estamos indo.”

Parecia que o plano estava dando certo. Estavam se dirigindo para o hall dos elevadores quando o segurança chamou-os novamente. Estava tudo indo bem demais, se lamentou Yuchenko.

“Senhor? Por favor, esqueceu os crachás de seus convidados.”

“Ah, é claro. Como pude esquecer?” - comentou o alferes com um sorriso nervoso.

Todos estavam suando frio, inclusive o comodoro. Parecia que a muito tempo não passava por emoções fortes. A sensação de perigo liberava muita adrenalina.

No hall dos elevadores havia uma placa na parede indicando o que existia em cada andar. Viram que a seção de arquivos se encontrava no quinto e quando o elevador chegou apertaram o botão de seus destinos. Os deuses pareciam estar do lado deles.

Texto por: Marcos De Chiara.

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