segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Imperius Rex, Dei Est - 13.


“IMPERIUS REX, DEI EST”.
Autor: Marcos De Chiara - Direitos Reservados.
Fanfiction de Jornada nas Estrelas.
Star Trek criação de Wesley E. Rondenberry.

Capítulo XIII.

Os senadores foram chamados com urgência. O plenário estava cheio. Cassius, reconheceu, no meio do tumulto e apesar de sua baixa estatura, os senadores Lucius e Pompeu. Acenou efusivamente até ser visto pelos dois. Aproximou-se tão rápido quanto pode através da dezena de togas brancas.

“Senhores, ouviram a última?”- chega animado para contar uma novidade.

“Não, mas tenho a impressão que irá nos contar, não?” - diz com ironia Lucius.

“O motivo pelo qual fomos chamados é Otavius. Ele está na cidade.”

Lucius tenta demonstrar surpresa.”É mesmo? Por essa Claudius não esperava!”

“E isto coloca as coisas sob novas prespectivas.”- comenta Pompeu.

As trombetas soaram. A guarda pretoriana entrou e depois seguiram o comandante Adriano e os cônsules Claudius e Otavius.

Otavius foi até o microfone e começou seu discursso sem mais delongas.

“Senadores de Roma. Vocês nos tem dado a luz para seguirmos sem que tenhamos medo das trevas. A escuridão que toma conta de Roma hoje é uma provação dos deuses que devemos abraça-la com a alegria dos amantes. Porém não devemos deixar que o torpor do prazer nos tire o senso da razão. O controle é nosso. Men sana in corpore sano. Não podemos nos esquecer disso. Poucas são as terras em nosso mundo que ainda não se renderam a nossa gloriosa república. Algumas foram anexadas através das guerras mas evoluímos. Já estamos em paz à 400 anos. Nossa batalha agora é outra. Devemos convencer a todos que somos um só povo, que temos uma só história, uma só cultura e um único caminho a seguir. Nosso ideal deverá ser um só. Um ideal planetário. Liderado por nós, o povo romano.

Mas, alguns bárbaros e descrentes ainda ousam desafiar essa nova era. Eles estão cegos pela luz de um sol que os faz errar pelo deserto da sandice. Estes virarão pó antes mesmo do sol encerrar seu ciclo completo.

Em dois dias estaremos inaugurando uma nova tecnologia que levará a palavra de Roma para todos os lares quase que simultaneamente. Sabemos que a palavra pode ser mais forte que a espada. A informação, devidamente controlada, e bem disseminada fará com que, em um ano, consigamos um progresso de um século.”

Otavius dá uma pausa em seu discursso e faz um sinal para que alguns soldados tragam um carrinho com um grande objeto coberto por um pano vermelho.

Os senadores estavam perplexos. Esperavam que Otavius destituísse Claudius ou que pelo menos o desautorizasse, que acabasse com a lei marcial e trouxesse maior tranquilidade para a população. O que Lucius Tiburcio e seus colegas estavam testemunhando era uma nova política propelida por uma nova tecnologia que era desconhecida por todos e que inauguraria uma nova era. Um novo tipo de dominação que subjugaria os povos não mais pela força das armas e sim através do controle das mentes.

Esta nova tecnologia era que o cônsul Otavius estava anunciando agora com grande orgulho.

“Eis, senhores, o satélite de comunicações Mercúrio Um! Ele levará a palavra dos deuses a todos os povos. O fogo do conhecimento, controlado por nós, iluminará a todos no planeta e então falaremos um só idioma, teremos o nosso ideal globalizado que glorificará a todos nós, a toda Roma. Todo poder a Roma!”

Otavius esperou aplausos, mas apenas vislumbrava os olhares perdidos em perplexidade dos senadores. Claudius então começou a bater palmas e foi seguido por Adriano e depois um a um dos senadores também começaram a aplaudir.

Lucius foi o último. A cada aplauso que dava seu coração parava de bater. Fora traído. Sua última esperança se desvaneceu. De alguma forma Otavius sucumbiu à influência de Claudius Marcus. O que será que ele teria oferecido? Mais poder? Algo que Claudius sem dúvida não dividiria por muito tempo. Estava aterrorizado e o futuro flamejante que por ora era demonstrado não demoraria por consumir a todos.

Texto por: Marcos De Chiara.

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