segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Imperius Rex, Dei Est - 14.


“IMPERIUS REX, DEI EST”.
Autor: Marcos De Chiara - Direitos Reservados.
Fanfiction de Jornada nas Estrelas.
Star Trek criação de Wesley E. Rondenberry.

Capítulo XIV.

“Goldman para Aries. Condição Verde.”

A voz do capitão era música para os ouvidos do tenente Tagushi.

“Senhor, não faz idéia como é bom ouví-lo”

“A missão está indo bem. Só agora é que tivemos privacidade para uma comunicação segura. O primeiro contato foi feito.”

“Fico ... bastante contente com isso, senhor.” - a hesitação na voz do tenente fez o capitão duvidar se tudo ia realmente bem.

“Algum problema, tenente?”

“Problema, senhor?” - tenta não ter que explicar o que o dever mandava fazê-lo.

“Como está o outro grupo de descida?”

“Bom... Não sei como posso explicar para o senhor... é que...”

“Vamos tenente, o que se passa?”

“O comandante e o tenente Marino se desgarraram dos outros. Mas não se preocupe. Estamos monitorando-os e suas funções vitais são satisfatórias.”

“Droga!”- o som da voz praguejante quase estourou os tímpanos do alferes Akwe. A raiva do capitão chamou a atenção de seus oficiais que estavam acabando de montar as barracas próximo ao rio. A Dra. Andrews se aproximou para saber o que acontecia.

“Algum problema, capitão?”- pergunta a doutora.

“Bergman está tendo problemas. Temos que contar com a experiência do comodoro, daqui não podemos fazer nada.”- acionando o comunicador mais uma vez procurou dar novas instruções.
“Tenente Tagushi, precisamos arrumar ouro o mais rápido possível. Poderia nos dar uma posição mais exata de sua localização? Também precisamos de uma bomba de sucção, mas dê instruções ao computador para não fazê-la muito moderna.”

“A farei mais velha que a minha bisavó, senhor.”

“Temo que não seja o suficiente.”

“Como, senhor?”

“Nada. Execute.”

O alferes Akwe foi até o posto de ciências acatando o sinal do tenente Tagushi buscando a informação solicitada.

“O ouro está apenas a vinte metros da sua posição, capitão.”- informa o oficial de comunicações.

“Mandaremos a bomba em cinco minutos.” - completa o tenente a informação.

“Entendido. Entrarei em contato assim que puder. Goldman desliga.”

“Então, capitão, é hora de garimpar?” - pergunta a doutora com certo entusiasmo.

“A senhora parece estar muito animada para esta tarefa. Isto não é um acampamento de férias.”
“Eu sei, mas é que isto me traz recordações muito queridas.”

“Recordações?”

A bomba de sucção se materializa e Goldman faz sinal para que os seguranças a peguem.

“É que meu segundo marido - continua a doutora - tinha uma empresa mineradora e ...”

“Segundo?”- se surpreeende Goldman.

“Pensei que tivesse lido meu registro.”

“Bom, eram muitos para me atualizar e não tive tempo o suficiente. Limitei-me apenas a uma leitura superficial e me concentrei na parte técnica, não na pessoal”.

“Sei... Bom, como ia dizendo, meu segundo marido possuia uma mineradora espacial que atuava nos cinturões de asteróides entre Vênus e Mercúrio. Uma vez ele me levou para acompanhar a prospecção de diamantes. Foi muito instrutivo. Ele até me deu um anel com o meu primeiro pedaço de diamante bruto que cavei”.

“Então posso contar com sua experiência nesta empreitada?”

“Oh, capitão, não conte com isso. Aqui nós temos apenas pás e peneiras. Nos asteróides tínhamos lasers e britadeiras sônicas”.

“Então teremos que encarnar os espíritos dos velhos pioneiros do oeste americano e nos molharmos um pouco”.

“Encarnar espíritos? Seu rabino iria recomendar-lhe um exorcismo”.

O capitão e a doutora foram para dentro do rio e começaram a garimpar assim que a bomba começou a funcionar. O tenente Baudelaire e o alferes Rodrigues ficaram no acampamento acabando de arrumar o material do grupo sem notarem a presença de um confuso Julius que vira algo surgir do ar e ouvira toda a conversa. Apressou-se em voltar para as cavernas e informar a Septimus que, ao que tudo indicava, aquelas pessoas não eram pessoas comuns. Elas bem que poderiam ser enviadas dos Deuses e então a crença de Septimus e seus amigos estava errada. Ele precisaria esclarecer toda aquela situação e bem rápido, pois sua cabeça estava começando a doer.

Texto por: Marcos De Chiara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário