sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Imperius Rex, Dei Est - 4.


“IMPERIUS REX, DEI EST”.

Autor: Marcos De Chiara - Direitos Reservados.
Fanfiction de Jornada nas Estrelas.
Star Trek criação de Wesley E. Rondenberry.

Capítulo IV.

O senado estava agitado. Desde a morte do primeiro-cidadão nas mãos dos bárbaros o procônsul Claudius Marcus acumulou muito poder e isto a república não podia permitir. O cônsul Otavius estava em viagem de negócios e não voltaria para Roma em menos de cinco dias, e hoje era o dia previsto para a indicação do nome de Claudius para o posto de cônsul. Alguns senadores estavam achando que seria melhor reverem este referendo e esperar pela volta de Otavius, mas outros achavam que Claudius era um homem de confiança e até mesmo seus adversários políticos o admiravam pelo pulso firme com que conduzia os assuntos de segurança de estado.

Um grupo de senadores estava reunido comentando a situação política enquanto o procônsul não chegava. Entre eles estava Lucius Tiburcio que era contra o anúncio do nome de Claudius na ausência do cônsul Otavius.

“É um absurdo! Não vejo o porque de tanta pressa” - desabafa Lucius.

Pompeu, o mais velho e respeitável senador romano, pondera.

“Roma está sem comando. O atentado à Merricus deu aos bárbaros mais ânimo para liderar revoltas em todas as províncias. Com a nomeação de Claudius reafirmamos a ordem na república. Além do mais ele é muito influente no exército. Várias legiões o apóiam.”

“Então estamos sendo coagidos. Não podemos permitir isso!” - argumenta Lucius ainda indignado.

Aproximando-se dos dois, Cassius Oliva sussurra - “Cuidado com os ânimos, colegas. Há muitos entre nós que são simpáticos ao procônsul. Não queremos deixar nossas mulheres viúvas, não é mesmo?”

O senador Cassius era um homem de meia idade, baixinho e também comedido em suas atitudes. Tinha uma paranóia que todos estão conspirando a todo o momento para matarem uns aos outros. Para alguns, sua paranóia era sinônimo de realidade.

À seis anos e meio o cônsul Julius Crato fora envenenado por um escravo que provavelmente tinha sido pago por alguém. Porém não viveu para gastar a paga. Foi justiçado por Claudius Marcus que era amigo do cônsul e seu 4questor. Por seu gesto fora eleito pretor e depois governador de Cartago.Muitos ainda acham que o próprio Claudius arquitetou a morte do amigo.
Sua transferência para Roma foi muito rápida. Ele veio de Cartago acompanhado de Merricus. Após uma audiência com Otavius, Merricus foi nomeado primeiro-cidadão. Ele deu aos romanos muitos conhecimentos. Principalmente na área de engenharia mecânica e eletrônica.. Novos motores foram criados. Potentes e econômicos. Por algum tempo Merricus era chamado de o sábio.

Com Claudius eleito procônsul de Roma, Merricus passou a ser seu braço direito e ficou responsável pelo lazer do povo. O pão e o circo eram necessários para desviar a atenção do povo dos assuntos políticos que interessava em esconder. A responsabilidade pela audiência dos jogos era um grande cargo, ele foi nomeado edi.

Então um lado de Merricus que ninguém conhecia aflorou. Os jogos ficaram mais sangrentos. Muitos cidadãos, a maioria desafetos de Claudius, eram mortos na arena com requintes de crueldade. Merricus passou a ser chamado de mais um nome: Carniceiro. E passou a ser temido tanto quanto o próprio procônsul.

Agora, sem sua incômoda presença, Claudius Marcus via-se em uma posição em que poderia até desafiar o senado e a república.

Isto Lucius Tiburcio estava disposto a evitar a todo custo.

“Lembram-se do exemplo de Septimus? “- adverte Cassius . Sua voz faz com que Lucius desperte de suas lembranças. Tal comentário lembra a todos o quão desagradável seria se opor ao procônsul.

“Septimus era um fanático religioso. Isto foi sua ruína” - comenta Pompeu.

“Ele era um nobre, mas depois da morte de sua esposa ficou muito esquisito.”- diz Lucius com pesar. Septimus e sua família eram muito queridos por ele. Só de pensar que o mesmo poderia acontecer consigo o aterrorizava.

Trombetas ecoaram no salão. Primeiro entraram a guarda pretoriana e, em seguida, o procônsul com seu segurança pessoal, o comandante Adriano.

Claudius se dirigiu a tribuna. Ignorando os protocolos e fez um pronunciamento.

“Senhores senadores, peço vossa atenção. Devido à instabilidade do regime vejo-me na obrigação de declarar Lei Marcial. Todas as deliberações do senado estão suspensas”.

Os gritos de protestos e as vaias não foram o suficiente para calar o procônsul.

“Aguardaremos o retorno do nobre cônsul Otavius para tomar novas deliberações. Obrigado pela a atenção.”- quando ia se retirando lembrou-se de algo e retornou ao microfone.

“Ah, já ia me esquecendo. Hoje seria o dia de minha nomeação à cônsul. Como sei que a maioria têm o meu nome em consenso - neste momento os guardas apontam para os senadores. Nenhum deles se opõe à nomeação. - agradeço o voto de confiança e estejam certos que honrarei o título. Obrigado.” - e com todo o seu sarcasmo abandona o salão do senado deixando todos atônitos.

Um golpe estava se desenhando. Otavius precisava ser previnido.

Cassius, o cauteloso, deixou seus colegas discutindo a ultrajante ocasião e dirigiu-se ao Ministério da Informação. No meio do caminho notou estar sendo seguido. Ainda não era o momento. Mudou de direção. De repente a casa de banhos Coríntios pareceu ser um melhor destino. Afinal, não era chamado de cauteloso por nada.

Texto por: Marcos De Chiara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário