segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Imperius Rex, Dei Est - 12.


“IMPERIUS REX, DEI EST”.
Autor: Marcos De Chiara - Direitos Reservados.
Fanfiction de Jornada nas Estrelas.
Star Trek criação de Wesley E. Rondenberry.

Capítulo XII.

“Diário do Capitão, Data Estelar 4056.5 , Tenente Tagushi reportando interinamente.

Os grupos de descida já estão no planeta a quatro horas e ainda não se comunicaram. Poderia ficar mais preocupado se não fossem os transponder que implantamos neles como nova norma de segurança. Esses chips subcutâneos nos dão a localização e os sinais vitais de cada um a todo o momento e o que posso dizer é que, de acordo com eles, estão todos bem. Porém o grupo do comandante Bergman se separou e não sabemos o por quê. Devido ao sigilo da missão nós não podemos nos comunicar com eles, somente eles podem nos contatar e ficou acertado que o fariam de hora em hora. Para que existiam regras se elas não eram cumpridas? Droga!” - o tenente percebe que ficou com os ânimos alterados quando o pessoal da ponte o olha assustado.

“Ops! Computador apague a última frase. Estou começando a ficar um pouco nervoso nesta cadeira. Preferia estar polindo cristais de dilithium na engenharia.”

A preocupação do tenente Tagushi não era em vão. O comandante Bergman não havia conseguido um momento para se comunicar sem ser visto por alguém do planeta. Além do mais, na biblioteca central, era um local de silêncio.

“Conseguiu alguma coisa?”- perguntou Bergman ao xenosociólogo em meio a leitura de jornais velhos.

“É più fantástico, comandante! - exclamou o italiano tão alto que Bergman quase ficou quase surdo do ouvido direito. A bibliotecária pediu por silêncio e alguns leitores, que estavam nas mesas ao lado, fizeram muxoxos de descontentamento e em seguida voltaram a ler os seus livros.
“Você... poderia... por favor... falar mais baixo.” - ordenou pausadamente Bergman com medo que alguém tenha ouvido a palavra ‘comandante’.

“Desculpe, co... senhor”- diz o tenente escolhendo melhor as palavras e falando num tom mais baixo revelou - “Esta sociedade é incrível. Tem tantas similiaridades com a nossa Roma e ao mesmo tempo tantas discrepâncias. Ela se divide em castas sociais. Temos os escravos na parte mais baixa da pirâmide , seguidos dos artesões e artistas, depois temos os donos de propriedade, comerciantes e profissionais liberais. Mais acima temos os militares, políticos e professores, e no topo temos os administradores ou cônsules, como eles são chamados.”

“Sim , mas já conseguiu o mapa da cidade? Temos que encontrar com o comodoro e já estamos dez minutos atrazados isto sem contar que ainda não falamos com a Aries.”

“Sim, senhor, mas é que poderíamos aprender tanto e...”

“Não temos tempo, tenen...Marino. Temos que ir. Não achei nada de interessante nestes jornais.”
“Sim, senhor.” - desconsolado o tenente pega um livro e o esconde debaixo do casaco. Ao passarem pela porta soa um alarme e os seguranças da biblioteca os detém. Ao serem revistados o livro é encontrado e a bibliotecária, uma senhora esguia usando óculos fica furiosa. O tenente tenta ser simpático: “Era só um empréstimo. Eu ia devolver, eu juro!”

“Cale a boca, Marino.”- ordena o comandante que também queria se juntar à bibliotecária e esfolar o italiano falador vivo.

Parados sob o sol de meio dia, perto do obelisco, o comodoro estava impaciente.

“Eles já deviam ter chegado. Deve ter acontecido alguma coisa.”

“Senhor, se me permite uma observação, já devíamos nos comunicar com a Aries a horas.” - lembra o tenente Jamal.

“Está certo. Seja discreto.”

O comodoro e o oficial de segurança fazem uma parede humana para que Jamal contate a nave sem ser visto.

“Tenente Jamal para Aries. Condição verde!”

“Graças a Deus. Onde estiveram? Quase me mataram do coração!”

“Estamos bem, mas nos perdemos do comandante e do tenente Marino”

“Nós sabemos. Os sensores indicam que eles estão a leste de vocês, cerca de uns dois quilômetros.”

“Ok. Passe os dados para mim que os localizarei com o tricorder. Jamal desliga”

“Ok. Se conseguirem falar com o capitão lembre-o que também está atrasado.”

Jamal aproxima o comunicador do tricorder e através de um raio infravermelho os dados são transferidos.

“Não podemos ir atrás deles agora. Jä encontramos a sede da TV Imperial. Temos que pegar as fitas.”- diz o comodoro desapontando o oficial de ciências.

“Mas, comodoro, eles podem estar em perigo!” - tenta argumentar Jamal.

“Eles conhecem o perigo, tenente. Faz parte de ser um oficial da Frota. Nós temos uma missão a cumprir e iremos fazê-la, fui claro?”

Com aqueles argumentos o tenente Jamal não podia se opor, principalmente porque partiam de um oficial superior. Só lhe restou em dizer : “Sim, senhor.”

Os três então partiram para a emissora de tv sem saber que seus colegas estavam passando por eles em um caminhão a caminho da prisão central.

Texto por: Marcos De Chiara.

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